terça-feira, 26 de outubro de 2010

In "Democracia em Portugal?"

O Cabrão de Boliqueime

Imagem do Kaos

Há uma coisa extraordinária que é o PS, ou o placebo no qual o PS se tornou, com o advento de Sócrates, poder ser, e parecer, insubstituível. Convenhamos que nem Maquivel teria uma receita para tal, mas era elementar: tornar um Estado tão próximo do deserto que qualquer alçar da perna, para uma mijadela contra a parede, logo parecesse uma fonte.

Onde mija um Sócrates português, mija um Passos Coelho e mais um Portas e mais uns dois ou três.

Devia haver, a bem da saúde pública, uma campanha de descontaminação, que impedisse que ex ministros, ex secretários de estado, ex gestores e presentes filhos da puta viessem para a televisão, com ar sofrido, compungido, e grave, apregoar receitas para desparasitar a piolheira que espalharam.
Na TVI, sempre inovadora nestas coisas, passa um programa que é abaixo de cão, onde umas gajas ordinárias, à mistura com uns rabetas tatuados, soltam uns lugares comuns elevadíssimos, ao nível da argumentação do Catroga, um dos quais que foi Ministro das Finanças, quando Cavaco vendia o País com deficites elevadíssimos, e desvios de fundos considerados como política de Estado, contra a argumentação do Teixeira dos Santos, um beiçanas, que parece saído do "Rapto da Serralho", mas em versão tragédia de Ésquilo.

Muito sinceramente, e começando pela conclusão, o que eu mais queria é que esses gajos se fodessem todos, e em fogo lento, para sentirem bem a tensão do que fizeram, porque, e nisto divergimos, eu, e mais uns quantos que costumam contra argumentar comigo, que a "Coisa" começou com o Cavaco, enquanto há quem afirme que o grande patriarca era o Soares. Se calhar temos todos razão, e vou alinhar com eles, embora coloque o Cavaco à frente, ou seja, sempre que saio a terreiro, é para dizer que, muito antes de Sócrates, de Teixeira dos Santos, de Durão Barroso, ou de maleitas afins, há, e continua a haver, um mal maior, que aconteceu à Democracia Portuguesa, e que se chama Aníbal Cavaco Silva. Contra Cavaco, alio-me com o que vocês quiserem, até com a Cinha Jardim, com o Quim Barreiros, ou com a inocência do Carlos Cruz.

O enredo é simples, e muito ao nível do programa da TVI: entreter o pagode, sentando, à mesa, o máximo de figurantes, para fingir que o País inteiro, mais as suas "elites" de sarjeta, se conluiou, para tentar sair da Crise. Acontece que não há Crise nenhuma, o que há são décadas de gestão desastrosa, de uma canalha que, mais Bloco, menos Bloco, Central, transformou o Erário Público numa espécie de cabides para os amigos, com custos crescentes, produtividade ruinosa, e que agora, num enorme espetáculo mediático, nauseante, pouco imaginativo, e insultuoso para as pessoas, que como eu, e os meus leitores, ainda pensam, num espetáculo, dizia eu, de "patriotas", que estão a tentar salvar, a todo o custo, a gravidez de risco da Bancarrota que eles próprios emprenharam.
Podem tentar o que quiserem, porque já lhes tirei a fotigrafia: a melhor coisa que o criminoso pode fazer é vir, depois de consumado o ato, apoiar a mão no ombro da vítima, e vir-lhe propor ajuda e carinho. Eu quero que o carinho dos Silva Lopes, dos Ernânis Lopes, dos Catrogas, dos Cadilhes, do Mira Amaral, do Medina Carreira, e de todos os outros, cujos nomes vocês aqui vão pôr, SE FODA, porque eles não fazem parte da solução, antes foram as formiguinhas contribuintes, pela sua gestão desastrosa, para que o Estado chegasse ao ponto a que chegou, e não há salvação, pela imagem, que me impeça, mal irrompem pelos telejornais, de apontar o dedo, e dizer, imediatamente, "olha, mais um culpado pelo presente estado desta merda!..."

O PS, como comecei por dizer, safa-se sempre, porque entrou naquele olho do ciclone onde as brisas estão todas paradas: o Aníbal já não pode dissolver as Cortes; a Europa lincha-nos, se não dermos um sinal de que estamos realmente arruinados, e o descrédito político tornou-se, pela perversidade, uma barreira -- sol e sombra -- de proteção da tourada. Digamos que, em vez de separação de siameses, a máquina Gobbels do de Vilar de Maçada conseguiu criar um hipergémeo, inoperável, que berra, como um bezerro, e que temos de aturar todas as noites, com vontade de disparar contra a televisão: um "Orçamento", que aposta em exportações, quando, nos últimos anos só conseguimos exportar lixo, do calibre do Ferro Rodrigues, do Durão Barroso, da Carrilha e do Constâncio, é um delírio e uma aberração.

Fácil era que isto conduzisse a um vandalismo, e rolassem, mas mesmo em tom literal de sangue, algumas cabeças pela rua, embora creia que, neste momento indómito e fatal, nos restem ainda algumas armas de legalidade, para abandalhar a coisa totalmente.

O PSD, cuja avidez de Poder é insaciável, sabe que este seria o momento mais complicado de intervir em cena, já que herdaria um nado morto, com faturas acumuladas e falidas. Beneficiando da situação, o Vigarista de Vilar de Maçada, e a sua Corja, que realmente já não querem governar, e se podem dar ao luxo de esticar a corda, ao ponto de isto se tornar um vomitório, tornaram-nos o Presente num Inferno, e anunciam o Futuro como um infernos dos infernos, talvez com Dona Adelaide a governar, com um Orçamento Jeová, e metas de execução económica e orçamental resumidas numa só linha, muito ao gosto das Testemunhas: "o Fim do Mundo vem aí", e logo acrescentar, muito orgulhosa, e beijando a fotografia do filho, dizendo, " e foi ELE que o trouxe".

Nos bastidores, e é preciso que isto seja dito, há uma lesma, geneticamente ligada a uma bomba de gasolina, que acha que o Palácio de Belém é um asilo, e que é lá que deve acabar os seus distúrbios neurológicos, ao lado da sua Maria, descambada e de pernas em forma de Arco da Rua Augusta, com o pescoço das chitas de costureira a separar-se cada vez mais do pescoço, tal a falha de Santo André, na Califórnia, e um horrível cheiro a ranço, nos grandes lábios.

"De Senectude", de Séneca, mas em versão de santaria do Norte, com as ronhas do Reyno dos Algarves.

O Sr. Aníbal, culpado mor desta choldra, o gajo que vendeu a Agricultura, desmantelou a Metalurgia, transformou a Indústria em guichés rápidos de importação do que os outros produziam, canalizou os Fundos para as mãos de gente reles, como Dias Loureiro, BPNs e porcarias afins, deu cabo das vias férreas, produziu estradas da morte, multiplicou clientelas, ensinou como o Estado se podia transformar num monstro e epigrafe apátrida do latrocínio, esse senhor, na sua miserável decadência física e mental, quer agora apresentar-se como um dom sebastião de teatro de revista, e gerir "silêncios", que é o modo mais sofisticado que encontrou, para manter a boca livre de perdigotos, agora que já não está na moda morfar fatias de bolo rei para os jornalistas.

Dizia eu que há o mau, e o mau do mau. Sempre que me sento, e penso no Zé da "Independente" e no Saloio de Boliqueime, penso sempre que Aníbal é um fracasso de uma era passada, um Dantas do tempo de Salazar, enquanto Sócrates é um palhaço do meu tempo. Invertam, os termos, se bem vos aprouver, mas acabarão por me dar razão.

A leitura moral deste desabafo é simples: a arma da Democracia é o protesto do voto. O protesto mais próximo do voto, é neste instante, impedir o inevitável: que o desequilibrado neurológico de Boliqueime volte a entrar em Belém, o que me parece quase impossível, excetuado o Português, que nunca teria imaginação para tanto, lhe dar um duche de votos em branco. Hipótese ainda mais perversa, é a que ouço as minhas amigas tias dizerem à boca cheia: vão votar no Chico, do PCP, só para provocar estragos. Se acordar para aí virado, quem sabe se não farei o mesmo, para mandar à merda o Aníbal, o Bêbedo, e o soarista das Enfermeiras...

Quanto ao PSD, restava-lhe, se não estivesse enterrado nisto até ao pescoço, e a tentar escorar um Governo morto, que, se cair, lhe cai em cima, fazer uma coisa que ficava bem, e era Oposição civilizada: deixar para os incompetentes que fizeram este Orçamento o ónus total da sua aprovação. Era simples: quando se passasse à votação, levantavam-se em peso, e abandonavam a sala, como fazia o Alegre, sempre que a coisa podia prejudicar-lhe a vaidade, deixando os restantes lacraus entregues a si mesmo.

Não custa sonhar. Sonhei, ao longo destas linhas. Amanhã, a realidade trar me á, de novo, ao pesadelo.

sábado, 26 de junho de 2010

Metallica Megadeth Slayer & Anthrax "Am I Evil" Big Four Live from Bulgaria


Metallica, Megadeth, Slayer, Anthrax... Fantástico! Jamais imaginei algo assim... Principalmente Metallica e Megadeth no mesmo palco, ao mesmo tempo... até sinto arrepios na espinha... Não há palavras!

sexta-feira, 21 de maio de 2010

PAINT IT BLACK



The Rolling Stones - "Paint it black"

I see a red door and I want it painted black
No colors anymore I want them to turn back
I see the girls walk by dressed in their summer clothes
I have to turn my head until my darkness goes

I see a line of cars and they're all painted black
With flowers and my love, both never to come back
I see people turn their heads and quickly look away
Like a newborn baby it just happens ev'ryday

I look inside myself and see my heart is black
I see my red door and I must have it painted black
Maybe then I'll fade away and not have to face the facts
It's not easy facing up when your whole world is black

No more will my green sea go turn a deeper blue
I could not forsee this thing happening to you
If I look hard enough into the setting sun
My love will laugh with me before the morning comes

I see a red door and I want it painted black
No colors anymore I want them to turn back
I see the girls walk by dressed in their summer clothes
I have to turn my head until my darkness goes

I wanna see your face painted black, black as night,
black as coal
Don't wanna see the sun, flying high in the sky
I wanna see it painted , painted, painted, painted black, yeah

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Radiohead - High & Dry (US Version)



Radiohead - "High & Dry"


Two jumps in a week
I bet you think that's pretty clever don't you boy?
Flying on your motorcycle,
Watching all the ground beneath you drop
You'd kill yourself for recognition,
Kill yourself to never ever stop
You broke another mirror,
You're turning into something you are not

Don't leave me high, don't leave me dry
Don't leave me high, don't leave me dry

Drying up in conversation,
You will be the one who cannot talk
All your insides fall to pieces,
You just sit there wishing you could still make love
They're the ones who'll hate you
When you think you've got the world all sussed out
They're the ones who'll spit at you,
You will be the one screaming out

Don't leave me high, don't leave me dry
Don't leave me high, don't leave me dry

It's the best thing that you ever had,
The best thing that you ever, ever had
It's the best thing that you ever had,
The best thing you ever had has gone away

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Eles andam aí, cuidado!

Sim, eles andam em grande. E ainda por cima, agora têm cá o padrinho! É preciso abrir os olhos quando todos andam cegos fazendo autênticas peregrinações para se irem meter na boca do lobo...
Entretanto, foi criado um novo sinal de trânsito para colocar junto a escolas com religião imoral - ai, perdão, e moral - igrejas, seminários, santuários e outros locais de culto relacionados.

quarta-feira, 5 de maio de 2010

De férias...


No Alentejo... 6 meses depois...

domingo, 25 de abril de 2010

You...


Where are you? I miss you...

...


"A morte é a predisposição para a horizontalidade..."

Adolfo Luxúria Canibal

terça-feira, 23 de março de 2010

Good riddance?

Green Day - Good Riddance (Time Of Your Life)


Another turning point
a fork stuck in the road

Time grabs you by the wrist
directs you where to go

So make the best of this test
and don't ask why

It's not a question
but a lesson learned in time

It's something unpredictable
but in the end it's right
I hope you had the time of your life

So take the photographs
and still frames in your mind

Hang it on a shelf
of good health and good time

Tattoos of memories
and dead skin on trial

For what it's worth
it was worth all the while

It's something unpredictable
but in the end it's right
I hope you had the time of your life

It's something unpredictable
but in the end it's right
I hope you had the time of your life

It's something unpredictable
but in the end it's right
I hope you had the time of your life

quarta-feira, 17 de março de 2010

The best

Esta combinação é das melhores coisas alguma vez feitas em termos musicais.
Desfrutem!

quarta-feira, 3 de março de 2010

Novo sistema de alarmes

Eu vou arranjar um alarme destes!
Mas não deviam ser só para carros... devia dar para ladrões de colarinho branco...

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

E esta?

"... se Deus não tivesse descansado no domingo, teria tido tempo para terminar o mundo.
- Devia ter aproveitado esse dia para não ficarem tantas coisas mal feitas - dizia - Ao fim e ao cabo, ficava com toda a eternidade para descansar."

In "Os Funerais da Mamã Grande" Gabriel García Márquez


P.S: A propósito desta transcrição, lembrei-me disto: Cliquem aqui

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Selvajaria

Escolhi este vídeo porque é o que melhor exemplifica o que acontece com as pessoas a mexer em fatos e outros artigos de Carnaval. Estes abutres e hienas têm exactamente o mesmo comportamento, as mesmas reacções...
Afinal, a evolução humana não foi assim tão grande...

domingo, 10 de janeiro de 2010

Ano novo, vida nova II

Apesar de decidido ainda durante o ano passado, foi já este ano que começou a tomar forma algo novo... em mim.
Aos 32 (quase 33) anos, cheguei a uma daquelas encruzilhadas da vida em que é preciso tomar um caminho... e o que escolhi foi o da estabilidade. Chega de procurar aquele trabalho de sonho, aquele para o qual estudei. Também, para que quero um trabalho na minha área? Para ter precariedade no trabalho, para ter que passar recibos verdes? Para ter que palmilhar o país inteiro em busca de trabalho sem nunca conseguir um contracto? Não obrigado!
Já chega dessa vida! Já chega de nunca saber com o que posso contar ao fim do mês...
Por isso, escolhi a estabilidade.

Por isso, encostei as minhas botas de viajante e assentei arraiais num só sítio.
Comecei a trabalhar num hipermercado há 2 meses com um contracto de 3 meses, as coisas correram bem e, anteontem, assinei o contracto de efectivo. Estou feliz, pela primeira vez desde que iniciei a minha vida profissional (1997), tenho um emprego com ordenado certo, fazem-me a transferência do ordenado para a conta, recebo antes do mês acabar, tenho subsídio de férias e 13º mês... finalmente! Já posso dizer que sou uma pessoa normal! Lol! Uma pessoínha como deve ser! Lol!

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Tu...


Tu sempre acreditaste em mim, desde o início. Sempre confiaste nas minhas capacidades e sempre me disseste que podia ir mais longe.
Devolveste-me a confiança em mim mesmo, mostraste-me que sou alguém que pode conseguir tudo aquilo a que se propõe.
E os resultados de tudo isso começam, lentamente, a aparecer...
Obrigado por seres a pessoa especial que és e por tudo o que tens feito por mim...