quinta-feira, 31 de janeiro de 2008

Capítulo 1 - Terceira parte

Vários meses passaram e João que ao princípio se deslocava diariamente àquele local a fim de reencontrar aquela mulher misteriosa, começou a perder a esperança e, até mesmo, a duvidar se aquele encontro teria realmente tido lugar e se ela existiria mesmo. Seria possível que tudo não passasse de um sonho?
Actualmente, apenas lá se deslocava quando estava na zona. Sentava-se no monte de pedras que ele próprio construira e ficava ali horas a fio sózinho, a pensar na vida e a observar, na linha do horizonte, toda aquela beleza que lhe fora mostrada meses atrás.
Apesar de todas as dúvidas e de a sua vida continuar como até ali, persistia com a certeza de que havia algo mais naquele encontro do que apenas uma coincidência, havia algo no fundo de si que lhe dizia que voltariam a encontrar-se, independentemente de passar uma semana, um mês, um ano... sentia que o destino se encarregaria desse reencontro.
Foi então, com este pensamento em mente que decidiu que não havia porque apressar o destino, a seu tempo ele surgiria. Foi para casa, fez as malas e meteu-se no primeiro autocarro para Lisboa.
Encontrou emprego numa daquelas lojas de bairro muito pitorescas em que há de tudo, desde chocolates a candeeiros, passando por roupa e detergentes. À medida que os dias, as semanas, os meses iam passando, as saudades do seu Alentejo natal iam-se acentuando e ficando mais dolorosas. Nesses momentos, lembrava-se de algo que o seu avô lhe dizia: " Tens que fazer pela vida ou a vida faz-te rapaz!". Sentia, principalmente, saudades do ar puro, do campo, das planícies, do contacto com a Natureza.
Tudo isto, fazia-o sentir-se frustrado, passava os dias a olhar o vazio, perdido em pensamentos. De tal modo que ignova completamente os avanços e insinuações que a sua colega de trabalho lhe fazia constantemente. Mas, um dia decidiu que já que ali estava, tinha que se conformar e deixar de sonhos idiotas uma vez que, já perdera a esperança de reencontrar aquela que tanto procurava. Assim fez, ao toque do despertador, levantou-se da cama velha e rabugenta do pequeno quarto que alugara, tomou um banho retemperador, arranjou-se o melhor que podia e foi para o trabalho.
Pelo caminho, não pôde deixar de pensar para consigo mesmo: " Imagino o que a minha colega Teresa vai dizer hoje!" e sorriu pela primeira vez em meses...


(Continua)

quarta-feira, 30 de janeiro de 2008

O mínimo era o médio

Alguém me explica para que servem os mínimos nos carros?
Só se for para acender as luzes de presença atrás, porque à frente, estarem ligados ou não, é exactamente o mesmo!
Agora melhor ainda, expliquem-me, se puderem, porque é que em dias de nevoeiro (e não era pouco) como o de hoje, em que para me fazer à estrada tive que baixar os vidros e ouvir para ver se vinha algum carro, há energúmenos que apenas ligam os mínimos!
Gostam de marrar com os cornos uns nos outros? São anormais? Quando distribuiram a inteligência, estavam de férias? Preferem partir-se todos para não irem trabalhar? Acham que o automóvel gasta mais se levar os médios acesos? Respondam-me! É que, sem exagero, hoje de manhã, em cerca de 30 km cruzei-me com mais de uma dezena de carros que como sinalização apenas levavam os mínimos ligados! Acham que fazia alguma diferença ter os mínimos ou não ter nada? Já para não falar nas luzes de nevoeiro...

É por isso que, a partir de hoje, estou a receber assinaturas para os automóveis deixarem de ter mínimos, porque são uma coisa inútil, porque não torna o veículo mais visível e também porque assim, sem eles existirem, já não têm desculpa para os usar!
Até já arranjei slogan para a manifestação que se vai realizar no dia 30 de Fevereiro nos Jardins de S. Bento, querem ver? Aqui vai, repitam comigo:
Mínimos não! Médios sim! Mínimos não! Médios sim!

Os três porquinhos

Reparem bem na crítica social:
1- Porquinho Bronco- Vivia no campo mas sonhava com a cidade, comprou uma guitarra e foi para Hollywood para se tornar uma estrela;
2- Porquinho Toxicodependente- Passava os dias janado e vivia à custa de discursos religiosos que lhe encomendavam;
3- Porquinho Rico- Tirou o curso de arquitectura e arranjou tudo quanto queria às custas do dinheiro dos papás.

Fábulas dos tempos modernos!

terça-feira, 29 de janeiro de 2008

Endovélico


Como técnico de arqueologia que sou, não posso deixar de referir um dos principais e mais bonitos sítios arqueológicos
do Alentejo. Claro que, uma visita ao "Google" e umas polidelas aqui e ali, ajudaram a fazer este post. (A foto é minha!)

Esta foto representa um dos lugares mais bonitos existentes nos arredores do Redondo. Trata-se da "Rocha da Mina" que, segundo rezam as crónicas, era a localização primitiva do santuário do Deus Endovélico que mais tarde foi erguido no topo do cerro de S. Miguel da Mota, a 5 km a Norte de Terena, muitos séculos atrás e antes da nossa era, o santuário resume-se hoje a vestígios das suas ruínas. No entanto, ainda hoje subsistem muitas dúvidas acerca desta divindade, para os estudiosos.
Para uns, poderá ter sido uma divindade do panteão indígena da Lusitânia que foi, posteriormente, romanizado. Para outros, tratar-se-ia de um Deus Celta.
O que faz sentido, uma vez que os Lusitanos constituíam uma etnia mas, falavam a mesma língua e possuíam a mesma cultura que os Celtas logo, pode-se dizer que os Lusitanos eram uma tribo Celta.
Apesar de pré-céltico, o culto de Endovélico acentuou-se na época céltica e atingiu o seu esplendor já no período romano.

A Época Romana
É neste período que este culto atinge o seu apogeu, em parte devido à política romana da não hostilidade para com os cultos indígenas. Os Romanos aceitavam estas crenças no seu panteão por saberem o que elas significavam para as populações locais. Aceitando a fé local, mais fácil se tornaria a sua romanização. Esta atitude por parte dos Romanos, foi o que permitiu que estes testemunhos chegassem até aos nossos dias.

O Deus Ctónico
Endovélico é uma divindade infernal e benfazeja que velaria pela saúde das pessoas, concedia profecias e oráculos e, finalmente, asseguraria aos fiéis eterna e feliz depois da morte. Este Deus teria ainda os seguintes significados:
-Deus da medicina: (Foi encontrada uma representação de um paralítico);
-Divindade psicopômpica: (Condutora de almas para o outro mundo, encontraram-se representações de palmas e coroas de louros, símbolos de imortalidade);
-Divindade Tópica: (Protectora da região em que era adorado);
Culto e Devoção
O culto de Endovélico é revelado pela existência de um santuário. Provavelmente, primeiro, toda a zona da "Rocha da Mina" seria sagrada mas, à medida que a sua crença foi aumentando, surge a necessidade de criar um local próprio para a divindade, daí as ruínas encontradas no topo do outeiro de S. Miguel da Mota. No entanto, há ainda a teoria de que, numa fase já decadente do culto, este santuário tenho sido abandonado para se fixar no santuário designado por S. Miguel da Mota no qual, se encontra uma igreja feita a partir de uma anta.
Foi, no entanto, nas encostas do outeiro que foi encontrado o maior número de lápides e vários outros objectos dedicados a este culto.
Actualmente
Hoje em dia, podem-se visitar tanto a "Rocha da Mina" como o santuário de Endovélico através da "Rota do Endovélico" que inclui outros povoados como o Castelo Velho (do outro lado da ribeira de Lucefécit em frente às ruínas do Endovélico) e o Castelinho. No entanto, as acessibilidades não são as melhores (eu que o diga, a minha carrinha já "penou" tanto no meio de cerros, ribeiras intransponíveis e corta-fogos!)
Mas, sinceramente, vale a pena visitar. Já visitei quase todos e é lindo, principalmente daqui a umas semanas quando as estevas estiverem em flor... fantástico! Aconselho vivamente!

segunda-feira, 28 de janeiro de 2008

Passado

Como sabemos que está na altura de cortar as amarras do passado?
E quando essa altura chega, sabemos reconhecê-la?
E reconhecendo-a, seremos capazes de o fazer?
E se já for tarde, a altura já tiver passado?

São demasiadas perguntas, demasiados "ses"...
A altura chega em que temos que decidir, dizer "basta"... mas, que acontece se por qualquer razão, já perdemos a altura ideal para o fazer?
Deixamos arrastar a situação até se tornar insuportável, tornando-se assim uma espécie de alívio quando pomos o passado para trás das costas? Ou acabamos com tudo na altura certa, acabando por sofrer mas deixando algo de bom desse passado?
A escolha não é fácil, há muitos sentimentos em jogo, sejam eles o amor, o carinho, a raiva, o ódio, a tristeza, a saudade... tudo sentimentos que influenciam, e muito, as nossas decisões.
Qual das hipóteses devemos seguir? Ambas têm os seus prós e os seus contras... mas, no fundo, o ideal era não ter que escolher, era não ter que colocar o passado para trás das costas.

Não sei se fiz bem ou mal mas, escolhi a primeira hipótese. Recebi um telefonema a chamarem-me tudo por causa de um post antigo e o que fiz? Nada! Absolutamente nada! Ouvi tudo sem abrir a boca, na maior das friezas. Quando o telefonema terminou, virei-me para o lado e voltei a adormecer.
O desgaste era de tal ordem que, simplesmente, já nada me afecta do que venha daquela pessoa... terá sido melhor assim?
Talvez... de outra forma, acho que nunca teria conseguido enterrar o passado...

sábado, 26 de janeiro de 2008

Capítulo 1 - Segunda parte

Era linda, trazia um longo vestido branco que, com o vento que se fazia sentir, realçava os contornos do seu corpo. O seu longo cabelo ondulado cor de fogo, esvoaçava ao sabor do vento. Toda ela era pureza e paz, tão bela e tão serena como se fosse saída de um sonho, como se fosse uma miragem. Mas, ao mesmo tempo, parecia real. João estava boquiaberto, não conseguia articular o mínimo gesto, teve mesmo que se beliscar para ter a certeza que não estava a sonhar.
Continuou a avançar até se deter a escassos metros de João, deitando-lhe o sorriso mais belo e radioso que jamais vira.
Ainda de "queixo caído", ruborizou e devolveu-lhe um sorriso atabalhoadamente idiota. No entanto, não conseguia parar de observá-la. Tinha uns olhos verdes, intensos e penetrantes, como se invadissem o mais recôndito canto da alma daquele em quem incidiam.
Misteriosamente, permaneceu ali, em silêncio, contemplando o mar como se estivesse sozinha, como que ignorando a presença de João... cujo, já nem se lembrava do que o levara ali de tão absorto que estava. Mas o que mais o inquietava, para além do mistério que parecia envolver tudo o que esta mulher fazia, era o facto de lhe deixar a sensação de se conhecerem desde sempre mas era impossível, ele nunca a vira antes... ou assim pensava.
E assim permaneceram, sem uma palavra, ambos olhando o mar absorvidos no outro mar, no dos seus pensamentos... até que:
-O que pensas fazer, não é solução para os teus problemas... há tanta coisa linda no mundo, tanta coisa por descobrir... - disse deixando João mais uma vez boquiaberto.
Como era possível que aquela mulher soubesse o que o levara ali?
-Olha agora, ali ao fundo, a magia do mundo! A linha do horizonte, onde o mar e o céu se encontram, é como se o mar não tivesse fim e o céu fosse o seu prolongamento... tal como o mar não cessa, também tu não podes desistir da tua vida por tão pouco, há muito mais para ver, descobrir, experimentar do que à primeira vista... - continuou.
-Mas... porque me estás a dizer tudo isto? Nem sequer me conheces! Não sei o teu nome... como sabes... não é possível! - disse João completamente surpreendido e espantado.
-Shhh... não digas nada. Há muitas coisas que ainda desconheces e, para já, é tudo o que precisas saber... adeus! - disse enquanto se virava e começava a caminhar pelo mesmo caminho que a trouxera.
-Espera um pouco! Como te chamas? Quando te vejo outra vez?
-Se estivesse no teu lugar, não me preocuparia com isso... - respondeu continuando a sua caminhada afastando-se cada vez mais, com os seus longos cabelos a esvoaçar ao sabor do vento, como se flutuasse sem tocar no chão.
Ficou a observá-la até desaparecer no meio da vegetação. Novamente sozinho, desta vez sem pensar em atirar-se ao mar, João não conseguia parar de pensar:
-Como é que uma mulher, apesar de tão bela, conseguiu em tão pouco tempo, deixar-me tão pensativo, tão ansioso por voltar a vê-la? Quem será?
Mas uma coisa sabia: tinha que voltar a vê-la, nem que para isso lá voltasse todos os dias, tinha que a ver!



(Continua)

Parental advisory for explicit words

Não digam que não avisei.

E volto a avisar que é um bocado ordinária...

Está na altura de não lerem este post...

Ok, vocês é que sabem, depois não digam que não avisei...

Contaram-me esta anedota à pouco e, não resisti... aqui vai:
Um rapaz, tem um grave acidente de mota. Fica todo partido, ficando apenas a conseguir mover-se do pescoço para cima...
Deitado na cama do hospital, acompanhado pelo pai, vê passar uma daquelas enfermeiras "boazonas" e diz:
-Ó enfermeira boazona! Anda-me fazer um broche!
A enfermeira, obviamente, ignora-o...
Nisto o pai diz:
-Ó filho! Não fales assim! Não digas essas obscenidades! Olha que dEUS castiga!
-Castiga? Só se me despentear, caralho!

quinta-feira, 24 de janeiro de 2008

Capítulo 1 - Primeira parte

Sentia-se triste, cansado... apesar do dia lindo que o sol a despontar no horizonte fazia antever, não conseguia desfrutar de tão belo momento: "Porque ouvi aquelas palavras tão duras?"- era a única coisa no seu pensamento.
Apenas tentara ajudar, não queria que as coisas tivessem acontecido assim... sentia-se numa encruzilhada: "Será que as coisas vão mudar? Ou será que chegou a altura de por um ponto final e seguir em frente?". No entanto e acima de tudo, amava-a...
Por um momento, a ideia de morrer e escapar aos seus problemas, atravessou-lhe o espírito provocando-lhe um arrepio profundo. Ali naquela falésia, com o mar lá em baixo, a embater violentamente na rocha misturando o azul com o branco da espuma, sentia-se tentado pelo abismo, por mergulhar no azul infinito e nunca parar de cair.
Ao acender mais um cigarro pensativo, começou a fazer uma retrospectiva do que fora, até ali, a sua vida. Nunca fora uma pessoa feliz, sempre recatado enquanto adolescente, disfarçava a sua timidez fingindo não se interessar por nada. No entanto, esse disfarce viria a tornar-se um hábito quase inultrapassável, como se vivesse no seu mundo isolado de tudo e de todos... mas, no fundo, tudo o que queria era ser feliz e ter uma vida normal...
Mas não, também não era isso. Porque na verdade, detestava a normalidade e assim, acabava por viver num dilema em que não sabia o que realmente queria nem como o conseguir.
Tiveras algumas namoradas, umas marcantes e outras nem por isso, mas a que mais o marcara, fora a última com a qual tivera a discussão que o conduzira até aqui. Por tanto a amar, se sentia assim tão perdido depois das palavras duras que ela lhe dirigira, ficara sem ninguém que o fizesse sentir alguém...
Desde muito novo que se sentia diferente, como se tivesse sido talhado para algo especial mas logo, a modéstia e a timidez o faziam recuar nesses pensamentos até porque, nunca lhe acontecera nada de especial, apenas levava uma vida triste e banal em busca da felicidade que, segundo ele, estava cada vez mais difícil de encontrar...
Agora, sozinho, olhando o profundo azul do mar, pensava em que rumo dar à sua vida, em que atitude tomar ou, em acabar com tudo... então, quando se decidiu e se preparava para dar um passo em frente para as profundezas... viu-a!


(Continua)

Just words, no feelings...


Esta é dedicada ao cinismo que hoje em dia, se reproduz como ratos um pouco por todo o mundo...

Paradise Lost - "Say Just Words"

You get high, with your destructive instinct
You get high, with your corrosive instinct -
Where can I go, to escape your foul mind tricks
You're trying it more, but you will never break me
Cause you presume, the winner's you but that's not true

So say just words to me, unreal what your hate's providing
Say just words to me, your talk is always contradiction
Say just words to me, you won't feel the warmth of friends around you
You say just words to me, is it true that there's worth inside,
So say just words to me.

Your designs, all the worse from power craving
Your desires, only where there's fire burning,
I'll show you the way, a pleasure that's for the taking
You're trying it more, but you won't get satisfaction
Couse you presume the winner is you, but that's not true
So say just words to me.

quarta-feira, 23 de janeiro de 2008

Partilha

A partir de hoje, há alguém novo a escrever neste blog, já não é apenas o Matchbox 31... a propósito, os meus sinceros parabéns e espero que contes muitos.
Fui convidado por ele para mudar algo neste blog, fazer algumas coisas diferentes visto que, eu escrevo sobre coisas diferentes e, principalmente, não passo o tempo a queixar-me e a reclamar de tudo como o Match...
Esta é a primeira vez que escrevo para um blog, nunca o tinha feito antes e, não tenho o costume de visitar outros blogues mas, o Match tanto me pressionou que, acabei por aceder ao seu pedido e, a partir de hoje, têm mais um blogonauta na área.
Espero que gostem do que escrevo e, por favor, sejam meiguinhos para comigo porque eu sou quase "virgem" nestas andanças.
Até breve!

terça-feira, 22 de janeiro de 2008

Hipocrisia

Mais uma vez, deitando o meu já famoso olhar crítico, pelas revistas cor de rosa da nossa praça, eis que deparo com a seguinte pérola e passo a citar:

"Gisela Serrano em choque após morte do noivo"

Acompanhada pela evidente foto de capa.

Para quem não se lembra, (eu também não me lembrava) esta tal Gisela, é aquela "cara de porca" que aparecia num "reallity show" da SIC e que inventou aquela expressão anormalóide do "É assim..." já se lembram? Nem se queriam lembrar, não é? Pois, mas infelizmente, está de volta, e às custas da desgraça para se auto-promover...
Como é que é possível tamanho fingimento? Como é que é possível que as pessoas acreditem em tanta patranha?
Sim, ouviram bem! Não me venham com merdas, porque uma pessoa que recebe a notícia da morte da pessoa com quem vai casar, não se vai pôr a fazer cara de desgraçadinha para a capa das revistas! E a dar entrevistas a dizer que está em choque e que está a sofrer muito!
Nota-se mesmo! Coitadinha! Deve estar desgraçada com aquele sofrimento todo!
Hipócrita de merda! Há pessoas que não valem mesmo nada!

Esperem aí... hummmm...

Acho mas é que ele se matou porque viu onde se ia meter!


segunda-feira, 21 de janeiro de 2008

Mist


Não sei se é por ser um dia especial, mas hoje apeteceu-me madrugar sem ter necessidade...

E o que me esperava, era esta pequena maravilha... o nascer do sol envolto em neblina estava lindo! Até parecia que era de propósito para mim. É que nos outros dias em que tenho mesmo que me levantar àquelas horas, o dia nunca está assim... só hoje, para mim...

Não resisti e tirei uma data de fotos. Aqui está uma delas que resolvi partilhar convosco... espero que apreciem como eu esta espécie de bruma.

Para mim, sempre foi algo de mágico, de misterioso, sinto sempre algo especial quando me deparo com neblina, é como se fosse algo místico...

Redondo Vocábulo

Quanto a mim, é uma das melhores canções de Zeca Afonso. Apenas recentemente descobri que era dedicada ao Redondo. Foi o próprio Janita Salomé que aqui a interpreta que me o revelou. Aqui fica esta fantástica canção com esta fantástica voz. Ainda há umas horas estivemos a jantar todos juntos no aniversário do meu irmão...

Janita Salomé - "Redondo Vocábulo"

Parabéns II

Parabéns poeta poente! Hoje, é o único dia em que temos menos de dois anos de diferença. Quer dizer, é só até às 7 e 20 da manhã! Muitos parabéns "little brother".

quarta-feira, 16 de janeiro de 2008

Destino

"Six Degrees" é a minha série do momento. Todas as segundas feiras na 2 é fantástica, retirei de lá esta citação que, quanto a mim, é memorável:
"Carlos: Let me ask you this. Do you think you can fall in love with someone that you don't really know at all? The reason I ask, I live in New York City with almost 8 million other people, and I always thought, who knows, the person sitting next to you on the subway could be your soul mate. My point is, the instant before you do meet them, they're strangers to you and you to them. Strangers, in this city, an absolute stranger can inspire you. You can walk past the same building, everyday, not even realizing that the person who lives there is one day gonna be your best friends... maybe someone who desperately needs a best friend. It's my favorite thing about New York, you've got some people on top of the world, others are scraping rock bottom. On any given day, you never know, who you're gonna meet, maybe it'll be someone just trying to clean up their act, as tough as that might be, maybe someone living their life with reckless abandon, someone trying to lose themselves completely. But we're all forced together, everyday, and the only thing that separates us is chance. Fate maybe. You go through your life with daily struggles. You think you're alone, but you're not. 8 million people in the city and anyone of them, anyone, at any time, can walk into your life and change it. Forever."
In "Six Degrees"

Saudade

"Sabes que (...) mais do que viajar pelo tempo, prefiro o movimento neste nosso pobre espaço, preguiçando, e tudo isso que parece pecado mortal? Era o que eu faria de bom grado, a estas horas da tarde, já quase ao crepúsculo, se soubesse que no fim estavas tu, a única coisa real deste tumulto de palavras: não imagem vã, mas sim tangível, em carne e sangue. Mas a tua realidade, nesta hora de hoje, é a realidade da tua ausência, pura presença do não estar, (...). Há bocado, talvez há pouco mais de meia hora, deu-me a fúria da solidão, a vontade desesperada de te chamar sem resposta, (...) por todas as veredas, por todos os recantos: procurar e não encontrar, já não o teu corpo, nem mesmo a tua sombra."

Gonzalo Torrente Ballester - "A Ilha dos Jacintos Cortados"

segunda-feira, 14 de janeiro de 2008

Chá de Luar (III)

Ontem, foi um dia especial no restaurante "Chá de Luar". Inserido no âmbito da iniciativa http://matines-cinefilas.blogspot.com, realizou-se um chá-debate sobre várias curtas-metragens exibidas préviamente no Centro Cultural do Redondo.
Apesar desta iniciativa ser levada a cabo todos os meses, ontem foi especial na medida em que houve música ao vivo a cargo de quatro músicos que nunca haviam tocados juntos anteriormente. No entanto, deu a sensação de já o fazerem há bastante tempo...
Aqui fica a amostra...

Foi uma tarde/noite bem passada. Boa música, boa conversa, pessoas de várias nacionalidades (Itália, Grécia). Valeu mesmo a pena e para o mês que vem há mais. Entretanto, fiquem atentos à futura divulgação tanto do filme a exibir como das iniciativas associadas

sexta-feira, 11 de janeiro de 2008

O amor é um lugar estranho 2

O amor nunca pode ser forçado, apressado. Deve fluir e surgir naturalmente, sem pressas...
Tem que ser sempre verdadeiro, total, avassalador ou, simplesmente, apaixonado, compreensivo...
Há quem diga que um grande amor, deve ser construído em cima de uma grande amizade.
Mas nem sempre... às vezes vem o amor e, com o tempo, a amizade floresce. Aí sim, essa conjunção amizade/amor torna uma relação mesmo sólida, à prova de receios e de traumas do passado. A não ser que se assuma compromissos que se podem acabar por revelar erros crassos.
Um erro crasso, é uma pessoa mudar a sua forma de ser por quem ama... porque quem ama, ama a outra pessoa como ela é, com todos os seus defeitos e virtudes. Não a tenta mudar de um dia para o outro, porque ao mudar a nossa forma de ser, estamos como que a ser forçados, a forçar algo que não somos... e provavelmente, nunca viremos a ser...
Tudo isto, acaba por ter, quase sempre, a consequências desastrosas. A pessoa que mudou começa-se a sentir cada vez mais revoltada por demonstrar algo que não é, as discussões começam-se a suceder... até que, essas discussões se tornam demasiado dolorosas e pesadas para suportar. Então, o amor esmorece, a força para lutar pela relação esgota-se... e, chega-se à conclusão que, apesar do amor que ainda existe, já não é suficiente para aguentar tanta desconfiança, tanta incredulidade, tanta frustração por assistir, impotente, à derrocada daquilo que foi construído durante tanto tempo e com tanto amor e carinho... com sorte, ainda resta a amizade, muito amachucada, mas presente.

quinta-feira, 10 de janeiro de 2008

Tudo arde 2

Como continuação do post "Tudo arde", fica esta canção deste grupo que aprecio particularmente. A letra tem tudo a ver com a mensagem que pretendo transmitir... a ti.

Heroes del Silencio - "La chispa adecuada"

las palabras fueron avispas
y las calles como dunas
cuando aùn te espero llegar...
en un ataùd guardo tu tacto y
una corona
con tu pelo enmarañado
queriendo encontrar un
arco-iris infinito

mis manos que aùn son de hueso
y tu vientre sabe a pan
la catedral es tu cuerpo...
eras verano y mil tormentas, yo
el leòn que sonrìe a las paredes
que he vuelto a pintar del
mismo color


no se distinguir entre besos y
raìces
no sè distinguir lo complicado
de lo simple
y ahora estàs en mi lista de
promesas a olvidar
todo arde si le aplicas la chispa
adecuada

el fuego que era a veces propio
la ceniza siempre ajena
blanca esperma resbalando
por la espina dorsal
ya somos màs viejos y sinceros,
y què màs da
si miramos la "laguna"
como llaman a la eternidad
de la ausencia



O que o futuro reserva

Ouvi hoje no rádio um senhor que se insurgia contra o nosso "querido" Primeiro Ministro.
O senhor dizia-se revoltado com a demora da justiça e com o excesso de burocracia, para já não falar nas injustiças que, infelizmente, parecem ser cada vez mais o pão nosso de cada dia... no entanto, o que revoltava mais este senhor, era o facto de o nosso Primeiro Ministro ter sido criado bem perto dele:
"- O que me rebolta é chaber que o chócrates foi criado aqui à minha beira! Porque che eu choubeche o que chei hoje, tinha-lhe dado umas chobas balentes! É que agora já não conchigo, carago!"

Obviamente, ao ouvir isto, a minha cabecinha começou logo a trabalhar...
E a ideia que tive foi a seguinte: Uma vez que algures escondidos nas nossas escolas andam os governantes de amanhã, vou começar a frequentar as escolas não como pedófilo, mas para fazer "esperas" à porta e distribuir tabefes pelas criancinhas. Entre elas têm que estar os futuros governantes do nosso país e assim, vingo-me logo do que me irão fazer no futuro, uma vez que quando estiverem no poleiro, já não lhes posso tocar... depois de as levarem, já ninguém as tira!

Por isso, quero fazer um apelo:
Dirijam-se à escola mais próxima e comecem a bater nas criancinhas, entre elas há-de estar alguém que nos fará muito mal no futuro! Ou seja, um governante! Imaginem só! Vinguem-se enquanto podem!

domingo, 6 de janeiro de 2008

O orgasmo perfeito

Gozei o mais belo orgasmo da minha vida,
e a minha querida gozava-o também.
Quem é que diz que cada corpo é a muralha do outro?
Porque eu senti o que ela sentia,
e ela o que eu sentia,
e ambos o mundo inteiro palpitar,
prazer que circulou pelos corpos e pelos astros,
como sangue universal e partilhado.
Agora conto-o com os versos mais belos da minha lingua:
precisava de viver outra vida por cima da minha
para que este prazer fosse suficientemente recordado,
para que estes versos fossem suficientemente ditos.
Terá memória a morte?
Terá lábios?

Gonzalo Torrente Ballester - "A ilha dos jacintos cortados"

sexta-feira, 4 de janeiro de 2008

Tudo arde

A verdade é essa, tudo arde desde que lhe apliquemos a faísca adequada.
Mesmo a pessoa mais calma e mais bem disposta, se soubermos onde a atingir, também arde, explode.
A prova disto, é uma pessoa que há praticamente 5 anos (faz dia 7 de Fevereiro) anda a lutar para que a relação em que está dê certo acontecer-lhe isto:
Estava a trabalhar na loja e o telemóvel toca:
- Estou? Bom dia!
- Bom dia!
- Então, está bom? Daqui é a D. Lurdes, era para encomendar um pãozinho para amanhã...
- Sim, senhora. Fique descansada que já apontei aqui na lista. Fica guardado para quando vier.
- Obrigado e até amanhã se dEUS quiser.
- Até amanhã, D. Lurdes.
Até aqui tudo bem. O problema, é que alguém telefonou ao mesmo tempo encontrando, portanto, o telemóvel impedido.
Ligando depois diz:
- Então? Estavas a falar com alguma das tuas amantes? - a gritar.
- O quê?
- Sim, tinhas a merda do telemóvel impedido!
- E tu vais daí e decides, logo, que estou a trair-te? Achas isso normal?
- Sim, porque não acredito em ti!
- Eu não mereço isso, não tenho culpa de o trabalho te estar a correr mal de estares zangada seja com o que for...
- Mas que engraçado que tu és! Já te estás a fazer de vítima!
- Chega, eu não aguento mais isto! As tuas desconfianças, as tuas acusações... chega!
- Ai estás fartinho, é?
- Eu não mereço o que me estás a fazer, não mereço que me trates assim! Começou logo no ano novo a dizeres que não precisavas de mim à frente das tuas amigas!
- Vai badamerda! - e desligou o telemóvel na cara.
- Puta do caralho! Vaca de merda!

E foi assim...
Como se pode ver, a penúltima frase do texto, juntamente com o desligar o telemóvel na cara, foram a faísca adequada para atiçar o fogo que deflagrou na última frase.
A faísca adequada para atear o fogo em mim é um cocktail de que fazem parte: injustiça, falta de respeito, duvidarem da minha pessoa, acusarem-me injustamente...
Tudo isto, faz com que eu expluda! Normalmente, consigo-me controlar, mas quando parte de alguém importante para nós, parece que se multiplica por mil!

quarta-feira, 2 de janeiro de 2008

O cúmulo chamado ASAE

ASAE FECHA IGREJA- " O padre dava óstias que não se encontravam de acordo com as normas da ASAE . Além disso fazia-o com as mãos , introduzindo-as directamente no orificio oral das vítimas , não usando vestuário de protecção - declarou o porta-voz da mesma...".
ASAE FECHA TAMPA DE SANITA- " ...tinha acabado de urinar! - confessou o agente em questão , no passado dia 8 de Outubro ao 24 horas. "
ASAE FECHA PERNAS DE PROSTITUTA- " O local de trabalho não estava de acordo com as normas de higiene da ASAE para locais tão frequentados, havendo inclusivé animais não vacinados no local . - cita uma agência notíciosa."
ASAE FECHA ESTABELECIMENTO FECHADO- " A ASAE encetou hoje uma grande operação , pelas 04h da manhã, na Região de Lisboa, tendo para isso usado um contingente de 50 homens, armamento variado, 8 chaimites, 12 cães e um gato que ia por ali a passar. Ao chegar ao local, os agentes depararam-se com um estabelecimento fechado. Vários agentes encaminharam-se encaminharam-se então ao domicílio do proprietário que, ainda em pijama, veio abrir o estabelecimento. Abriu a porta e, acto continuo, os agentes fecharam aquele estabelecimento , uma vez que estava aberto a umas horas que estavam fora do periodo licenciado . - in Correio da Manhã."
ASAE FECHA UM ENVELOPE- "Um agente usou a lingua para humedecer o sobrescrito e fechou-o muito bem fechadinho. O director geral da ASAE recomendou este agente para uma condecoração, dado o esmero utilizado no cumprimento do dever - noticiou a agencia noticiosa Lusa."
ASAE FECHA BRAGUILHA- "Agente que andava de braguilha aberta desde ontem, fechou-a hoje. Interpelado para comentar o caso, o agente diz "...que se esqueceu." - noticiou o jornal "24 Horas" no dia 9 de Outubro."
ASAE FECHA ASAE- "Um dos funcionários da ASAE encontrava-se no local sem ter fechado nada ainda, sendo que isto é uma violação directa do regulamento interno da ASAE, (no que toca ao art.23 ,paragrafo 2 , alinea b) " A fechar é que agente está bem. Se não estamos a fechar nada, mais vale fechar isto." - anunciou hoje de manhã o responsável , citando uma fonte ligada ao caso."

2008

A propósito do post anterior, em que escolhi uma canção dos Silverchair que dizia: "I need a change, not to imitate but to irritate...", decidi fazer isso mesmo.
Resolvi não irritar mas sim, chocar! E, na passagem de ano, acho que os meus intuitos resultaram perfeitamente a julgar pelo facto de muita gente não me ter reconhecido...
Não que eu goste de ser o centro das atenções, sinceramente, detesto! Mas naquele dia apeteceu-me ser diferente, radical, romper com as barreiras do socialmente correcto e o visualmente aceitável e normal. (Não, suas mentes porcas! Não me armei em travesti!)
Fiz, apenas e só, uma mudança radical de visual! Acho que rejuvenesci uns cinco anos, no mínimo.
Agora a sério, estas mudanças radicais fazem bem, lavam a alma, é bom mudar as coisas, quebrar rotinas, romper com o passado. Acima de tudo, é como se fosse um teste à nossa força de vontade, ao nosso inconformismo.
É saudável testarmo-nos assim. Porque ao sabermos que somos capazes de o fazer, ficamos com a noção da coragem quem temos e que ainda temos espaço de manobra até atingirmos o limite. E isso, dá-nos força, confiança e, sem dúvida nenhuma, eleva bastante a nossa auto-estima.
Recomendo. Façam algo radical, choquem as pessoas, vão ver que vos vai dar um gozo danado ver a cara de parvo dos outros a olhar para vocês e nessa altura pensam para convosco: "Estás com essa cara porque não tens tomates para fazer o mesmo e eu tenho!".