Gozei o mais belo orgasmo da minha vida,
e a minha querida gozava-o também.
Quem é que diz que cada corpo é a muralha do outro?
Porque eu senti o que ela sentia,
e ela o que eu sentia,
e ambos o mundo inteiro palpitar,
prazer que circulou pelos corpos e pelos astros,
como sangue universal e partilhado.
Agora conto-o com os versos mais belos da minha lingua:
precisava de viver outra vida por cima da minha
para que este prazer fosse suficientemente recordado,
para que estes versos fossem suficientemente ditos.
Terá memória a morte?
Terá lábios?
Gonzalo Torrente Ballester - "A ilha dos jacintos cortados"
domingo, 6 de janeiro de 2008
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6 comentários:
O corpo junto do outro amado não tem muralhas...os contornos um do outro desfazem-se no amor que os devora em chama lenta. Eterna no momento.
E nunca haverá palavras suficientes para conter todo o significado deste acto entre duas pessoas que se amam e se entregam assim...
Belo poema que foste recolher. Sim, senhor!
Beijinhos aqui da Teia.
Eu sabia que tu ias gostar!
Não podia deixar de gostar!
É simplesmente LINDO!
Matchito, cá está a minha vingançazinha por me teres chamado croma. Clica aqui: http://www.netdisaster.com/go.php?mode=dog&url=http://shadeofreflection.blogspot.com/
;-p
=D
clica, não, usa o link. LOOL (é do habito de clica nos postes)
Lol! Eu já te arranjo um...
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