Mas não foi uma canção qualquer, foi uma canção que fixei por tanto a detestar...
Trata-se de: "My heart will go on" da parva da Celine Dion... e já agora, detestei o filme também.
Agora mais a sério...
Ao ouvir essa canção, lembrei-me de alguém... alguém que adorava essa canção, alguém que numa noite, muitos anos atrás, a ouviu vezes e vezes sem conta... alguém que me faz inundar os olhos de lágrimas de cada vez que penso nela...
É para ti que dedico este post, Anabela...
Não consigo esquecer o teu sorriso... não consigo esquecer como eras cheia de vida... não consigo esquecer a última vez que te vi, estavas tão feliz, apresentaste-me o teu namorado...
não consigo compreender porquê...
Eras uma pessoa tão especial... aliás, tenho coisas escritas por ti que frequentemente lembro, sempre que me pedem para escrever qualquer coisa numa fita ou fazer qualquer tipo de dedicatória, são essas frases que uso... é como se fosse uma homenagem a ti, tal como este post.
Ainda hoje me é difícil aceitar! Como é que uma rapariga assim, com um sorriso lindo como tu tinhas, cheia de vida, tão especial... como pudeste deitar tudo a perder?
Como chegaste a esse estado de desespero em que a única saída que encontraste foi a morte?
Nós todos éramos teus amigos, podias ter vindo falar connosco, nós não te íamos deixar na mão...
Mas pronto, foi a tua decisão... nunca falei isto com ninguém mas, o que fizeste chocou-me! Ainda me choca mesmo depois de todos estes anos! Tanto que, é a primeira vez que toco neste assunto! E até hoje, não me perdoo por não ter ido ao teu funeral... onde quer que estejas desculpa, mas não fui capaz...
Dedico-te esta canção... Dave Matthews Band - "Gravedigger"
http://www.youtube.com/watch?v=RzJXr8kuefY
Este post é dedicado a Anabela Rosa 1979-2003
7 comentários:
É uma grande tristeza, mas pela Anabela não podes fazer mais nada, além de guardar uma boa recordação.
Podemos fazer todos por aquelas pessoas qua estão ao nosso lado em grande sofrimento e ninguém percebe. Olhar para os outros "com o coração" e não ver simplesmente aquilo que é visível aos olhos, poderá ajudar a tirar as pessoas do desespero em que se encontram.
Tão nova, a Anabela...e já tão destruída pela vida...
Essas razões, só quem as tem e as sente sabe. Talvez por vezes o desencanto seja tanto que por mais que se abram portas, não há maneira de o afastar. Será cobardia? Será coragem? Será medo de viver? Enfim...
Que poderiam os amigos ter feito, match? Nada... não podiam restaurar-lhe a alegria, não podiam injectar-lhe felicidade.
Além disso, e agora em termos psicológicos e psiquiátricos, há dois tipos: o suicida e o para-suicida. O suicida raramente diz a alguém o que vai fazer. O para-suicida geralmente usa a tentativa como meio desesperado de chamar a atenção, já que por palavras sente que não vai lá.
Muitos suicidiosn são para-suicidios que correram mal...o objectivo do para-suicida não é a morte.
Obviamente que nada é preto no branco. Quantas vezes se ouve dizer, quem quer matar-se, mata-se e não diz a ninguem? Será mesmo assim? Será que há quem esgote todos os pedidos e alentos e que por fim recorra a um meio tão drástico? E não será que há quem apenas precise de determinada atenção e compreensão mas, por medo de ser catalogado de "só quer é chamar a atenção", não diz nada a ninguém e num momento de loucura faz uma grandecíssima asneira?
Não é preto no branco. E aposto que já toda a gente, nem que por um minuto, já pensou nisso, nem que uma vez na vida.
Fiquei mesmo sensibilizada e triste. Por ti e pela tua amiga. Fiquei triste, a pensar, que raio de vida é esta que faz uma jovem auto-destruir-se assim? Que a faz sentir-se sem opções e sem saídas?
Lamento, match. Quem fica é quem sofre, é verdade...
Muito obrigado luz... recordo os bons momentos de alguém que tinha sempre 1 sorriso nos lábios...
Vanadis: a mim chocou-me mais foi ser alguém k eu não esperava mesmo... se a tivesses conhecido vias k não era nada assim...
P.s: Obrigado a ambas...
Acredito, mas sabes, muitas pessoas guardam as suas mágoas bem dentro e bem fundo. Não as partilham, acumulam-nas. E um dia, olha, não aguentam mais.
Uma vez, quando era mais novo, escrevi todos os poemas que me vinham à cabeça e à alma num caderno, preto, daqueles, muito provavelmente da Ambar. Sei que te o emprestei e hoje desejo muito que onde quer que estejas, o tenhas levado contigo!
Há muitas alturas em que me lembro de ti. Até sempre
=(
Se bem a conhecia, ela decidiu-o sem pensar... tinha que acabar com aquela situação e foi o que fez... mais a mais, da forma que foi... o que me chocou mais, foi o facto de ela ser tão parecida comigo (mesmo signo e a maneira de ser em muitas situações) compreendiamo-nos mutuamente... que desperdício de vida!
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