Cansado de contradições e não-tenho-a-certezas, na passada segunda feira, resolvi deslocar-me directamente ao
IEFP de Évora para que de uma vez por todas, me esclarecessem a cerca dos estágios profissionais (para quem não sabe, acabei de tirar o curso de técnico de redes informáticas há pouco tempo e ando à procura de estágio).
Depois de ter carregado no único botão que funcionava da máquina das senhas, no balcão em que me atenderam me terem dado nova senha e depois esperado meia hora (enquanto assistia a fecharem a porta às 16 horas e a atenderem todos à pressa), lá fui atendido por uma senhora (infelizmente, não tirei o nome) que me deu a novidade de que não podia concorrer a estágios porque das duas modalidades de estágios do
IEFP, uma abrange até aos 30 e a outra só a partir dos 35, ora como eu estou nos 5 anos desse intervalo, ficava logo excluído à partida.
Ainda fiz algo de que arrependi logo:
-A senhora tem a certeza? - perguntei.
-CLARO!
Com esta resposta, calei-me logo e não voltei a abrir a boca.
A caminho do carro, liguei à
Dreams a contar o que se tinha passado, ao que ela respondeu que não podia ser, que não fazia sentido nenhum. E realmente, não fazia.
Com a pulga atrás da orelha, como se costuma dizer, lá fiz o caminho até casa e ao chegar, fui ao site do
IEFP e fui consultar o regulamento de estágio, bem como a portaria que os regulamenta.
E não é que descubro que a senhora me deu informações erradas?
Acontece que, segundo a portaria nº 130 (se não me engano) de 30 de Janeiro de 2009, há duas modalidades de estágios profissionais do
IEFP: uma até aos 35 anos (
inclusive) e outra a partir dos 35 anos!
A senhora poderia estar um bocadinho a par das coisas e saber que antigamente havia apenas um tipo de estágios que era, realmente, até aos 30 anos no entanto, esta nova portaria (quase 6 meses) veio acrescentar mais 5 anos em termos de idade do candidato e passa a ter a duração de 12 meses em vez dos 9 anteriores e, acrescentou ainda uma nova modalidade que é para quem tem mais de 35 anos.
Portanto, se na própria delegação não só não sabem esclarecer as pessoas como as induzem em erro, para que serve, então, esta instituição pública?
Isto nunca esteve tão mal como agora, ainda bem que estamos em ano de eleições...